Avaliação dos Agentes Biológicos !

De acordo com a definição de Higiene Ocupacional, precisamos seguir uma metodologia para avaliar os contaminantes. Primeiramente, temos que reconhecer quais são os agentes biológicos a que estão expostos os trabalhadores. Em seguida, devemos avaliar o problema que consiste em coletar a amostra, analisar e interpretar os resultados. Por fim, com base na avaliação realizada, devemos pensar nas medidas de controle a serem empregadas.

Antes de darmos início ao estudo da coleta de amostras, é importante lembrar algumas características relevantes da maioria dos agentes biológicos. Geralmente, esses agentes são microrganismos vivos de tamanho microscópico, sem cheiro, sem cor ou sem outra propriedade que nos permita detectá- los por meio de nossos sentidos (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).

O acesso dos agentes biológicos ao corpo humano pode ocorrer pelo sistema respiratório (nariz), pela pele (também por feridas e arranhões), pelo sistema digestivo (boca) e pela mucosa dos olhos. Podem, ainda, ser transportados por partículas de pó ou estar em suspensão no meio ambiente. Desta forma, podemos encontrá-los no ar, na água, nas matérias primas, em equipamentos utilizados nas indústrias, na superfície da pele dos trabalhadores, nas superfícies de trabalho etc. (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).

Considerando estas características, a amostragem deve ser feita com equipamentos que permitam uma ampla faixa de coleta e que assegurem a sobrevivência dos organismos coletados (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).


Sedimentação: consiste na exposição de Placas de Petri contendo meios de cultura adequados (superfície aderente) colocados nas zonas escolhidas para a amostragem durante um tempo controlado. As vantagens deste método são seu baixo custo, pois não necessita de equipamentos
de sucção (bombas), e a facilidade de manipulação. Como desvantagens, podemos citar: a impossibilidade de fazer uma avaliação quantitativa do número de microrganismos e o fato de alguns microrganismos morrerem por secagem quando o tempo de coleta é superior a vinte minutos (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).

Coleta em meio líquido (impínger): o ar é aspirado por uma bomba e passa através de um líquido contido dentro de um recipiente chamado impínger. As partículas impactadas neste líquido são, posteriormente, transferidas para meio adequado para contagem (SALIBA, 2011). De acordo com Brevigliero, Possebon e Spinelli (2012), as vantagens deste método são a possibilidade de determinar a quantidade de microrganismos e a inexistência do risco de morte desses agentes por secagem. Já a desvantagem é a possibilidade de erros por contaminação do líquido.

Filtração: o ar é aspirado por meio de uma bomba e passa através de um filtro de gelatina. Posteriormente, o filtro é colocado em uma placa com um meio de cultura, ou dissolvido por um líquido apropriado, fazendo-se a contagem por métodos específicos. Este método é adequado para
coleta de microrganismos aerotransportados e permite a avaliação quantitativa.
Entretanto, ele permite um volume de coleta de no máximo 250 litros (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).

Impactação: o ar é aspirado por uma bomba de vácuo passando por um orifício até o meio de cultura que contém uma placa adequada (SALIBA, 2011). O nome impactação vem do choque que o volume de ar sofre sobre o meio de cultura. Existem vários equipamentos que trabalham com este princípio, como o coletor de Andersen e o coletor de fenda (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).

Centrifugação: neste método, utiliza-se a força centrífuga para separar as partículas das correntes de ar. O ar é aspirado por uma bomba e as partículas, com a inércia, ficam impactadas no meio de cultura (SALIBA, 2011).

















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